quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sobre a personalidade

Cabeludíssima a questão proposta pela Thais. Afinal, é muito, muito, muito complicado definir o momento em que começaria a personalidade, ou, nos moldes propostos, a própria vida. Numa hora dessas, acho que é importante que se adote um critério que seja o mais objetivo possível.
Não considero o ato da concepção como um critério suficientemente objetivo. Na minha opinião, controversa e absolutamente refutável, deve-se definir a vida, ou personalidade, ou como quer que se chame, no nascimento. Seria a forma mais prática de se definir e mensurar esse aspecto. Quando se diz que uma criança tem 1 mês, por exemplo, presume-se um mês de vida, e vida nesses termos é entendida a partir do nascimento, sem se considerar os cerca de nove meses precedentes.
Claro que, ao adotar-se tal critério, abre-se uma margem de discussões mais ampla, que inclui, dentre outras coisas, debates sobre direito ao aborto e direito das mulheres sobre seu próprio corpo. Questões polêmicas, sem dúvida. Por isso, tal definição é tão delicada, por tudo que dela decorre, e por todos os precedentes e brechas que podem ser abertos através de uma ou outra escolha filosófica e prática.
Não sei se contribuí em algo com essa exposição, não sei se o que eu disse direcionou-se da forma proposta pela Thais. Mas taí o que penso, a princípio.

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