sábado, 11 de abril de 2009

Desabafo de um sábado à noite

Não sei como é possível. Não consigo conceber lembranças tão devastadoras perturbando a minha mente. Talvez fosse melhor que jamais tivéssemos nos encontrado. Talvez fosse melhor nunca ter te visto da primeira vez. Mas não adiantou nada. Você surgiu. Fez eu pensar que a vida poderia ser algo bom. Gestos mentirosos, os seus. Esperanças mentirosas, as minhas. Houve um ou outro brilhareco. Nada demais. Você se faz ausente. Será que pensa em mim, em algum momento? Será que me odeia? Será que sente alguma coisa?
Sinceramente, acho que não sente nada. Sua frieza congela minhas noites. Por que penso em ti agora? Por que não penso em qualquer outra coisa? Espero. Espero mais um pouco. Continuo a esperar. E nada acontece. E nada muda. Sou o certo que você não quer. Suas desculpas são dolorosamente esfarrapadas. Diga logo que nunca fui nada! Diga de uma vez que fui um prêmio de consolação! Diga de uma vez que fui o engano mais lamentável da sua vida!
Sinto-me envelhecendo. Sinto-me perdendo vida, dia após dia. Insisto em pegar o maldito telefone e te ligar. Em vão. Insisto em pensar em você. Nunca deveria ter dado aquele primeiro beijo. Nunca deveria ter vivido aquele dia, aquele primeiro dia em que estivemos juntos. Foi o melhor dia que nunca deveria ter acontecido. Fui feliz naquele dia de novembro. Acredite. Ali fui uma pessoa em sua plenitude. Mas aquela felicidade não durou nada. Nada bom dura. Fui golpeado. Desde lá, vivo de esperanças fugazes e lampejos de alegria mentirosos. Estou sozinho aqui. Esperando por você. Esperando pelo pedaço de mim que está em alguma gaveta sua e para o qual você nunca olha. E você deve estar aí. Feliz com um sujeito que se concretizou depois de mim em sua vida. Como eu posso aceitar isso numa boa? Como posso dormir em paz se insisto em te amar? Como posso levar as coisas com serenidade se estou morrendo por alguém que não confere nenhuma importância à minha existência?

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